A rua dividia a
avenida, justo no coração do bairro. Se você tomava o caminho do Horto
Florestal, à esquerda, se para a capital, à direita. Nada mais começar, fazia
um pequeno requebro em curva e custa abaixo que, em dias de chuva, tinhas que tomar sérias precauções. Estava sem asfaltar,
como muito, um par de sacos de cascalho improvisados, justo, antes das
eleições, livravam aos vizinhos de levar um bom susto e ficar cheios de
barros até os olhos.
Na esquina, a casa de uns portugueses endinheirados. Para mim, um pequeno palacete com jardim e horto. Lá, rosas, lírios, pitangas, couves e limoes, brincavam à cabra- cega. Descendo, à esquerda, meio escondida, algo parecido a uma casa. Isso, sim, escoltada por dois pés de mamao e uma palmeira, enredada entre o milharal. Perto, vivia uma mulher só, com o seu lourinho falador.
Um pouco mais adiante, a casa da minha amiga, Frida, e sua família de emigrantes, belga-alemães, com seu inconfundível estilo nórdico em brancos e marrons. A Oma, (avó), eternamente sentada. A dona, Eliza, e seus, sempre, agradecidos e deliciosos doces recém saídos daquele mágico forno, quentinho, aromático, sedutor... Suas inesquecíveis festas natalinas e suas graciosas danças. Uma velha árvore de nêsperas e frondosos abacateiros, davam sombra e perfumavam o lugar.
A lado, justo ao lado, uma choça, uma avó, um criançinha que cedo morreu, Mauro. Oh Mauro! Maurinho, brincava sozinho. Seu cabelo ondulado. Sua pele dourada. Ninguém sabia nada do…mas Mauro olhava…por entre os canaviais que faziam de cerca… Por entre o milho e as mandiocas que mantinham, aquelas, bocas. Diziam, que morreu de tétano…, seguro, que de alguma coisa mais. Depois, diziam que era filho da miseria cuidado por uma, velha, comadre. Mexericos...
A dois passos, moravam o casal, dom, Alexandro, e dona, Alexandrina, junto com a sua inumerável família, todos, descendentes de Mamãe África. Alegres, místicos, trabalhadores, pretos, perfumados e brilhantes como as jaboticabas que rodeavam o quintal. Perto do quintal, um barracão que se ajeitava como cozinha para os grandes eventos familiares. Ali, durante a preparaçao da feijoada, assavam o pernil e ajeitavam um sem fim de cocadas, contavam-se velhas histórias de aparecidos, desaparecidos, escravos, apózemas e feitiços que faziam o trabalho, na cozinha, mais facil. Sua cheirosa comida e as, intermináveis, batucadas, davam calor e ritmo ao meu ser.
Nada mais começar a descer a rua pela direita, o primeiro que você percebia, com todos os sentidos, era, aquele, cheirinho a natureza virgem. Um imenso terreno salvagem manifestava os seus comprimentos. Canaviais, bananeiras, palmeiras, orquideas, samambaias, mamoeiros, goiabeiras, e, um sem fim de alegrias gigantes, em lenço impressionista, tapizaba a vista.
Seguindo a rua, no alto, um palacete nunca conheci os seus moradores. De seguido, a moradia de, Dona, Leopoldina, Dom, Leopoldo e Margarida, uma família de austríacos, loiros, sorridentes e gordinhos. Ao lado, viviam o senhor, Duda, lituano, dona, Josefina, sua mulher e a sogra, dona, María, de origem italiano. Fazía uma polenta boa pra xuxú!
A minha casinha tinha a estrutura de um antigo *(8) casario basco, um lado do telhado era um pouquinho mais grande. Estava feita com barro e paú-brasil, as paredes brancas e as portas e janelas em verde escuro. Dividida em dois, nós, ocupávamos a parte menor só separada por uma tela metálica, cuatro tábuas e um poço de água. Improvisado jardim e horta rodeavam a casa, e, Linda, uma cadela, pastor alemão, se ocupava de cuidá-la. Bom, a dizer verdade, quem de veras fazia de tenaz guarda era Genaro, um ganso; presente de um, emigrante, asturiano de quem tomei o nome, em agradecimento, sem saber, se, o ganso, era Genaro ou Genara.
Além disso, tínhamos como vizinhos, imediatos, a uma família de lusitanos brasileiros, Dona Irene o senhor Joaquim e os seus filhos, Marisa e Luizinho, e a um jovem casal, ela, brasileira, ele, japonês.
Naquela extraordinária rua, naquele pequeno percurso, abraçavam-se e colavam-se as cores, os perfumes, os aromas e os sabores, em um buquê que compunha, a sinfonia mais bela que jamais voltaria a escutar. E quando a noite tendia seu manto estrelado aplacando devagarzinho a pássaros, animais e pessoas, os vaga-lumes salpicavam a escuridão confundindo o limite espacial de veludo. Só desperto ao sonho da cotidiana realidade pelo assobio do*(10) trenzinho da Cantareira. (Cartas Juvenis Sao Paulo)
Na esquina, a casa de uns portugueses endinheirados. Para mim, um pequeno palacete com jardim e horto. Lá, rosas, lírios, pitangas, couves e limoes, brincavam à cabra- cega. Descendo, à esquerda, meio escondida, algo parecido a uma casa. Isso, sim, escoltada por dois pés de mamao e uma palmeira, enredada entre o milharal. Perto, vivia uma mulher só, com o seu lourinho falador.
Um pouco mais adiante, a casa da minha amiga, Frida, e sua família de emigrantes, belga-alemães, com seu inconfundível estilo nórdico em brancos e marrons. A Oma, (avó), eternamente sentada. A dona, Eliza, e seus, sempre, agradecidos e deliciosos doces recém saídos daquele mágico forno, quentinho, aromático, sedutor... Suas inesquecíveis festas natalinas e suas graciosas danças. Uma velha árvore de nêsperas e frondosos abacateiros, davam sombra e perfumavam o lugar.
A lado, justo ao lado, uma choça, uma avó, um criançinha que cedo morreu, Mauro. Oh Mauro! Maurinho, brincava sozinho. Seu cabelo ondulado. Sua pele dourada. Ninguém sabia nada do…mas Mauro olhava…por entre os canaviais que faziam de cerca… Por entre o milho e as mandiocas que mantinham, aquelas, bocas. Diziam, que morreu de tétano…, seguro, que de alguma coisa mais. Depois, diziam que era filho da miseria cuidado por uma, velha, comadre. Mexericos...
A dois passos, moravam o casal, dom, Alexandro, e dona, Alexandrina, junto com a sua inumerável família, todos, descendentes de Mamãe África. Alegres, místicos, trabalhadores, pretos, perfumados e brilhantes como as jaboticabas que rodeavam o quintal. Perto do quintal, um barracão que se ajeitava como cozinha para os grandes eventos familiares. Ali, durante a preparaçao da feijoada, assavam o pernil e ajeitavam um sem fim de cocadas, contavam-se velhas histórias de aparecidos, desaparecidos, escravos, apózemas e feitiços que faziam o trabalho, na cozinha, mais facil. Sua cheirosa comida e as, intermináveis, batucadas, davam calor e ritmo ao meu ser.
Nada mais começar a descer a rua pela direita, o primeiro que você percebia, com todos os sentidos, era, aquele, cheirinho a natureza virgem. Um imenso terreno salvagem manifestava os seus comprimentos. Canaviais, bananeiras, palmeiras, orquideas, samambaias, mamoeiros, goiabeiras, e, um sem fim de alegrias gigantes, em lenço impressionista, tapizaba a vista.
Seguindo a rua, no alto, um palacete nunca conheci os seus moradores. De seguido, a moradia de, Dona, Leopoldina, Dom, Leopoldo e Margarida, uma família de austríacos, loiros, sorridentes e gordinhos. Ao lado, viviam o senhor, Duda, lituano, dona, Josefina, sua mulher e a sogra, dona, María, de origem italiano. Fazía uma polenta boa pra xuxú!
A minha casinha tinha a estrutura de um antigo *(8) casario basco, um lado do telhado era um pouquinho mais grande. Estava feita com barro e paú-brasil, as paredes brancas e as portas e janelas em verde escuro. Dividida em dois, nós, ocupávamos a parte menor só separada por uma tela metálica, cuatro tábuas e um poço de água. Improvisado jardim e horta rodeavam a casa, e, Linda, uma cadela, pastor alemão, se ocupava de cuidá-la. Bom, a dizer verdade, quem de veras fazia de tenaz guarda era Genaro, um ganso; presente de um, emigrante, asturiano de quem tomei o nome, em agradecimento, sem saber, se, o ganso, era Genaro ou Genara.
Além disso, tínhamos como vizinhos, imediatos, a uma família de lusitanos brasileiros, Dona Irene o senhor Joaquim e os seus filhos, Marisa e Luizinho, e a um jovem casal, ela, brasileira, ele, japonês.
Naquela extraordinária rua, naquele pequeno percurso, abraçavam-se e colavam-se as cores, os perfumes, os aromas e os sabores, em um buquê que compunha, a sinfonia mais bela que jamais voltaria a escutar. E quando a noite tendia seu manto estrelado aplacando devagarzinho a pássaros, animais e pessoas, os vaga-lumes salpicavam a escuridão confundindo o limite espacial de veludo. Só desperto ao sonho da cotidiana realidade pelo assobio do*(10) trenzinho da Cantareira. (Cartas Juvenis Sao Paulo)
RUA ANA DE BARROS, 8
La
calle cortaba la avenida, justo en el corazón del barrio. Si tomabas el camino
hacía el Horto Florestal, a la izquierda, si para la capital, a la derecha.
Nada más comenzar hacía un pequeño requiebro, en curva y cuesta abajo, que en
días de lluvia te hacía tomar serias precauciones.
Estaba sin asfaltar, como mucho, un par de sacos de guijarros improvisados, justo, antes de elecciones, te libraban de llevar un, buen, susto y llenarte de barros hasta los ojos. En la esquina, la casa de unos portugueses adinerados. Para mí, un pequeño palacete con jardín y huerto, donde, rosas, lirios, *(1) pitangas, coles y limones, jugaban a la gallinita ciega.
Bajando, a la izquierda, medio escondida, algo parecido a una casa. Eso, sí, escoltada por dos pies de papayas y una palmera enzarzada entre el maizal. Cerca, vivía una mujer, sola, con su lorito parlanchín. Un poco más adelante, la casa de mi amiga, Frida, y su familia. Emigrantes, belga-alemanes, con su inconfundible estilo nórdico, en blancos y marrones.La Oma , (abuela), eternamente
sentada. Doña, Eliza, y sus siempre agradecidos y deliciosos dulces recién
salidos de aquel mágico horno, calentito, aromático, seductor... Sus,
inolvidables, fiestas navideñas y sus graciosos bailes. Un viejo árbol de
nísperos y frondosos aguacateros, daban sombra y perfumaban el lugar.
Estaba sin asfaltar, como mucho, un par de sacos de guijarros improvisados, justo, antes de elecciones, te libraban de llevar un, buen, susto y llenarte de barros hasta los ojos. En la esquina, la casa de unos portugueses adinerados. Para mí, un pequeño palacete con jardín y huerto, donde, rosas, lirios, *(1) pitangas, coles y limones, jugaban a la gallinita ciega.
Bajando, a la izquierda, medio escondida, algo parecido a una casa. Eso, sí, escoltada por dos pies de papayas y una palmera enzarzada entre el maizal. Cerca, vivía una mujer, sola, con su lorito parlanchín. Un poco más adelante, la casa de mi amiga, Frida, y su familia. Emigrantes, belga-alemanes, con su inconfundible estilo nórdico, en blancos y marrones.
A
lado, justo al lado, una choza, una abuela, un niñito que temprano murió,
Mauro. ¡Oh, Maurinho! Mauro jugaba solito. Su pelo encaracolado. Su piel
dorada. Nadie sabía nada de él…pero Mauro miraba…por entre los cañaverales que
hacían de cerca… Por entre el maíz y las mandiocas que mantenían aquellas
bocas. Decían que si murió de tétanos…seguro que de algo más. Luego, que si era
un hijo de la miseria cuidado por una vieja comadre. Chismorreos…
A
dos pasos, la casa del matrimonio, Don, Alejandro y Doña, Alejandrina, con su
innumerable familia, todos, descendientes de Mamá África. Alegres, místicos,
trabajadores, negros, perfumados y brillantes como las *(2) jaboticabas que
rodeaban el quintal. Cerca del quintal, un barracón que servia de improvisada
cocina para los grandes eventos familiares. Allí, mientras guisaban la *(3) feijoada,
horneaban el pernil y un sin fin de *(4) cocadas, se contaban viejas historias
de aparecidos, desaparecidos, esclavos, pócimas y embrujos que hacían el
trabajo, en la cocina, más llevadero. Sus olorosos guisos y sus, interminables,
*(5) batucadas daban calor a mi ser.
Nada
más empezar a bajar la calle, por la derecha, lo primero que percibías con
todos los sentidos era aquel olorcillo a naturaleza virgen. Un inmenso terreno
silvestre te saludaba. Cañaverales, bananeras, *(6) goiaberas y un sin fin de
*(7) alegrías gigantes, en lienzo impresionista, tapizaba la vista.
A continuación, en lo alto, un palacete cuyos moradores nunca conocí. De seguido, la casa de, Doña, Leopoldina, Don, Leopoldo y Margarida, una familia de austriacos, rubios, sonrientes y orondos. Al lado de estos, vivían el señor, Duda, lituano, Josefina, su mujer y la suegra, doña, María, de origen italiano. ¡Hacía una polenta buena de la muerte!
A continuación, en lo alto, un palacete cuyos moradores nunca conocí. De seguido, la casa de, Doña, Leopoldina, Don, Leopoldo y Margarida, una familia de austriacos, rubios, sonrientes y orondos. Al lado de estos, vivían el señor, Duda, lituano, Josefina, su mujer y la suegra, doña, María, de origen italiano. ¡Hacía una polenta buena de la muerte!
Mi
casita tenía la estructura de un antiguo *(8) caserío vasco, uno de los lados del
tejado era un poco más grande. Estaba hecha con barro y *(9) paú-brasil. Las paredes
blancas y las puertas y ventanas en verde oscuro. Dividida en dos, nosotros,
ocupábamos la parte más pequeña, solo separada por una tela metálica, cuatro
tablas y un pozo de agua.
Improvisado jardín y huerta rodeaban la casa. Y, Linda, una perra pastor alemán se ocupaba de cuidarla. Bueno, a decir verdad, quién de veras hacía de tenaz guardián era, Genaro, una oca que me había regalado un, emigrante, asturiano de quién tomé el nombre, en agradecimiento, sin saber si, la oca, era Genaro, o Genara.
Improvisado jardín y huerta rodeaban la casa. Y, Linda, una perra pastor alemán se ocupaba de cuidarla. Bueno, a decir verdad, quién de veras hacía de tenaz guardián era, Genaro, una oca que me había regalado un, emigrante, asturiano de quién tomé el nombre, en agradecimiento, sin saber si, la oca, era Genaro, o Genara.
Además,
teníamos como vecinos, inmediatos, a una familia de lusitanos brasileños, Doña,
Irene y Don, Joaquín, y sus dos hijos, Marisa y Luisito y a
una pareja joven, ella brasileña, él japonés.
En
aquella extraordinaria calle, en aquel pequeño recorrido, se abrazaban y se
pegaban los colores, los perfumes y los sabores en un bouquet que componía, la
sinfonía más bella que jamás volvería a escuchar. Y cuando la noche tendía su
manto estrellado acallando de a poco a pájaros, animales y gentes, las
luciérnagas salpicaban la oscuridad confundiendo el límite espacial de
terciopelo. Solo despertado al sueño de la cotidiana realidad por el pitido del
pequeño *(10) tren de la
Cantareira. (Cartas Juveniles Sao Paulo )
RUA ANA DE BARROS, 8
The street broke the avenue, right in the heart of the
neighbourhood. If you take the way to, Horto Florestal, left, whether for capital,
to the right. At the beginning, there was a small compliment in downhill curve
which on rainy days it made you take serious precautions. Without asphalt, at
most, a couple of sacks of pebbles improvised just before elections; prevented
us to keep a good scare and fill of mud to the eyes. In the corner, there was
the house of wealthy Portuguese, for me, a small mansion with garden and
orchard, where roses, lilies, *(1) Pitangas, cabbages and lemons, were playing
blind man’s buff.
Going down, left, half hid something like a house.
Naturally, it was escorted by two papayas and a palm tree embroiled by the
cornfield. Nearby, a woman that lived, alone, with her talkative parrot.
A little later, there was the house of my friend,
Frida, and her family; Belgian-German emigrants, with its Nordic distinctive
white and brown. The, Oma, (grandmother), seemed to be permanently
sitting. There, Mrs. Eliza, and her fresh out sweet from that magic oven…Always
grateful, delicious, warm, aromatic, seductive...Unforgettable were their
Christmas and funny dances. An old medlar tree and leafy avocado shaded and
perfumed the place.
A side, right next to a hut, was a grandmother, a
little boy who died early, Mauro. Oh, Mauro! Little, Mauro played alone. His
hair was wavy and his skin was gold. Nobody knew anything about him... but
little, Mauro, looked through the reeds that were closely ... In between, corn
and cassava that feed those mouths. They said that he have died of tetanus ...
and something else. After little Mauro´s death they said that he was a child
who came from the misery and that his old, godmother was the only person who
took care. Gossip...
Close to the hut the home of, Mr. Alexander and Mrs.
Alexandrine, and their innumerable family, all, descendants of Mother Africa.
They were joyful, mystics, workers, black, scented and bright as the *(2)
jaboticabas trees which surround the vegetable patch. Near to vegetable patch,
there was a shack that served as makeshift kitchen for large family events.
There, while they cooked the *(3) feijoada, pork and baked the sweet *(4)
cocadas, they used to told old stories of ghosts, missing persons, slaves,
potions and spells that did the work, in the kitchen, easier. Its fragrant
stews and, endless, *(5) batucadas gave heat to my being.
Just down the street, starting from the right, the
first thing you perceived with all the senses was that whiff of unspoiled
nature. Huge wild areas greeted you, sugar cane, banana, *(6) goiaberas and
giant *(7) flowers, blanketed your view in impressionist canvas.
On the top of the street was a mansion whose people I
never saw. After comes the house of Mrs., Leopoldina, Mr., Leopoldo and
Margarida, an Austrian family, blonds, smiling and fatties. Besides these,
lived, Mr., Duda, Lithuanian, Josefina, his wife and his, mother-in-law, Mrs.,
Maria, Italian. Her polenta was wonderful!
My little house had the structure of an *(8) old
Basque farmhouse; one of the sides of the roof was a little bit bigger. It was
cast with mud and *(9) pau-brasil. The walls were white and doors and windows
in dark green. Divided into two, we occupied the smallest part only separated
by a wire mesh, four boards and well. Improvised garden and orchard surrounded
the house, which, Linda, a German shepherd dog, takes care. Well, who really
made of tenacious guardian was, Genaro, a goose that a Spanish emigrant gave
me, from who I took the name in gratitude; not knowing whether the goose was he
or she.
Besides, we had as immediate neighbours to a family of
Brazilian Lusitanian, Mrs., Irene, and Mr. Joaquin and children Marisa and
Luizinho, and a young couple, she Brazilian, he from Japan.
In this extraordinary street, in that short drive,
they embraced and mixed colours, fragrances and flavours, in a bouquet that
composed the most beautiful symphony ever hear again.
When the night still starry tended its mantle to
birds, animals and people. The fireflies doting the dark confuse the spatial
limit of velvet, just awakened by the ringing to everyday reality by the sound
of the *(10) Cantareira small train. (Juvenile Letters from Sao Paulo)
RUA
ANA DE BARROS, 8
La strada rompeva il viale, giusto nel cuore del quartiere. Se prendevi la strada per Horto Florestal, alla sinistra, se per la capitale, alla destra. Nient'altro incominciare, faceva una piccola sinuosa curva costa sotto che in giorni di pioggia ti faceva prendere serie precauzioni. Stava senza asfaltare, come molto, un paio di sacchi di ciottoli estemporanei giusto prima di elezioni, ti liberavano di portare un buon spavento e riempirti di fango fino agli occhi.
Nell'angolo,
la casa di alcuni portoghesi ricchi. Per me, una piccola palazzina con giardino
ed orto. Rose, iris, *(1)*pitangas, cavoli e limoni, giocavano alla mosca
cieca. Scendendo, alla sinistra, mezzo nascosta, qualcosa di simile ad una
casa. Quello se, scortata per due piedi di papaya ed una palma coinvolta tra il
campo di granoturco. Vicino, viveva una donna sola col suo pappagallo
chiacchierone.
Un
po' più avanti, la casa della mia amica, Frida, e la sua famiglia di emigranti,
belga-tedeschi, col suo inconfondibile stile nordico in bianchi e marroni.
L'Oma, (nonna en tedesco), eternamente seduta. Dona, Eliza, ed i suoi sempre
grati e deliziosi dolci, appena, usciti di quello magico forno, caldo,
aromatico, seducente... Le sue indimenticabili feste natalizie ed i suoi balli
divertente. Un vecchio albero di nespoli e frondoso avocado, davano ombra e
profumavano il posto.
Al
lato, giusto al lato… una baracca…una nonna…un bambino che morì presto,
Mauro…Oh Mauro! Mauro giocava solo. Il suo capelli ondulati. La sua pelle
dorata. Nessuno sapeva niente di lui... ma... Mauro guardava attraverso le
canne...tra il mais e manioca che mantenevano quelle bocche. Nessuno sapeva
niente di quello… Dicevano che se morì di tetano… o qualque altre cose…Dopo…
che se era un figlio della prostituzione curato per una vecchia madrina.
Pettegolezzi…
A
due passi, la casa del matrimonio, Alessandro ed Alessandrina, e la sua
innumerabile famiglia, tutti, discendenti di Mamma Africa. Allegri, mistici,
lavoratori, neri, profumati e brillanti come le *(2) jaboticabas che circondavano
il quintale. Vicino al quintale, un cassoto che serba di estemporanea cucina
per i grandi eventi familiari. Lì, mentre cucinavano la *(3) feijoada,
infornavano il cosciotto ed un senza fine di (4) cocadas, si raccontavano
vecchie storie di apparizioni, scomparso, schiavi, decotti ed incantesimi che
facevano il lavoro, nella cucina, più sopportabile. I suoi odorosi stufati ed
interminabile *(5) batucadas, davano caldo al mio essere.
Nient'altro incominciare ad abbassare la strada, per la destra, la cosa prima che percepivi con tutti i sensi era quello profumo a natura vergine. Un immenso zone selvagge ti salutava, canneti, bananiere, (6) goiaberas ed un senza fine di *(7) allegrie giganti, in tela impressionista, tappezzava la vista.
Nient'altro incominciare ad abbassare la strada, per la destra, la cosa prima che percepivi con tutti i sensi era quello profumo a natura vergine. Un immenso zone selvagge ti salutava, canneti, bananiere, (6) goiaberas ed un senza fine di *(7) allegrie giganti, in tela impressionista, tappezzava la vista.
Poi
in alto, una palazzina i cui abitanti non conobbero mai.
Di seguito la casa di signora, Leopoldina, signore, Leopoldo e Margarida, una famiglia di austriaci, biondi, sorridenti e compiaciute. Al lato, di questi, vivevano il signore, Duda, lituano, Josefina, sua moglie e la suocera, signora, María, di origine italiano. Faceva la polenta piú buona del mondo!
La mia piccola casa aveva la struttura di un *(8) antico casolare basco, uno dei lati del tetto un po ' più grande e stava gesta con fango e *(9) pau-brasile. Le pareti bianche e le porte e finestre in verde oscuro. Divisa in due, noi occupavamo la parte più piccola, assolo separata da un rete metallica, quattro tavole ed un pozzo di acqua. Improvvisato giardino ed orto circondavano la casa, e, Linda, una cagna, pastore tudesco, si occupava di curarla. Buono, a dire la verità, chi davvero faceva da tenace guardiano era, Genaro, un'oca che mi ero regalata da un emigrante asturiano di chi presi il nome, in gratitudine, senza sapere se, l´oca, era Genaro o Genara.
Di seguito la casa di signora, Leopoldina, signore, Leopoldo e Margarida, una famiglia di austriaci, biondi, sorridenti e compiaciute. Al lato, di questi, vivevano il signore, Duda, lituano, Josefina, sua moglie e la suocera, signora, María, di origine italiano. Faceva la polenta piú buona del mondo!
La mia piccola casa aveva la struttura di un *(8) antico casolare basco, uno dei lati del tetto un po ' più grande e stava gesta con fango e *(9) pau-brasile. Le pareti bianche e le porte e finestre in verde oscuro. Divisa in due, noi occupavamo la parte più piccola, assolo separata da un rete metallica, quattro tavole ed un pozzo di acqua. Improvvisato giardino ed orto circondavano la casa, e, Linda, una cagna, pastore tudesco, si occupava di curarla. Buono, a dire la verità, chi davvero faceva da tenace guardiano era, Genaro, un'oca che mi ero regalata da un emigrante asturiano di chi presi il nome, in gratitudine, senza sapere se, l´oca, era Genaro o Genara.
Inoltre,
avevamo come vicini immediati ad una famiglia di lusitanos brasiliani, signora,
Irene e signore, Joaquim i sui figli Marisa e Luizinho ed una giovane coppia,
ella, brasiliana, egli giapponese.
In
quella straordinaria strada, in quello piccolo percorso, si abbracciavano e si
aggrappavano i colori, i profumi ed i sapori in un bouquet che componeva, la
sinfonia più bella che non tornerebbe mai ad ascoltare. E quando la notte
tendeva il suo manto stellato zittendo di a poco ad uccelli, animali e genti,
le lucciole spruzzavano l'oscurità confondendo il limite spaziale di velluto.
Assolo svegliato al sonno della quotidiana realtà per il fischio del *(10) trenino
della Cantareira. (Lettere Giovanile Sao Paulo)
Rua Ana de Barros, 1958
Familia, family, famiglia
Marido, husband, marito
Familia, family, famiglia
Marido, husband, marito
Familia: de Walter, Eliza, Ona.
Gertrudis, Erika, Walter,
Frida, Elizabeth, Bruno.
Familia: Maurinho, madrinha, abuela, grandmother, nonna
Familia: Maurinho, madrinha, abuela, grandmother, nonna
Familia: Alexandro, Alexandrina
Vilma, Adao, Hilda, Creusa, Nelson, Tito,
Sueli, Solange, Rosangela…
Familia: Cleide, Neide, Edit...
Familia: Abigail...
Familia: América, marido, Sinval, Sinvalda e Sandra.
Familia: Maria da Broa...
Familia: Walquiria, Valter...
Familia: Cleide, Neide, Edit...
Familia: Abigail...
Familia: América, marido, Sinval, Sinvalda e Sandra.
Familia: Maria da Broa...
Familia: Walquiria, Valter...
Familia: Leopoldo, Leopoldina
Margarida.
Familia: Duda, Josefina, Maria.
Carlos, Maria Elena,
Paulinho.
Familia: Ángel Cobo Hernández, Juana Marta Zaballa Azcona, (Eva, Ángelo)
María Evangelina, José Ángel, Martha. Linda&Genaro.
Familia: Gloria, marido,Angela, Anika
Familia: Irene, Joaquim, José, Lidia
Marisa, Luizinho.
Familia: Aparecida
Familia: Aparecida
María Evangelina Cobo Zaballa
Castro-Urdiales (Cantabria)
*(1) Pitanga
*(2) Jaboticaba
*(3) Feijoada
*(4) Cocada
*(5) Batucada
*(6) Goiaba
(7) Alegrías, flores, fiori, flowers
(8) Viejo caserío vasco
Antigo casario basco
Old Basque farmhouse
Antico casolare basco
*(9) Pau-Brasil
* (10) Trenzinho da Cantareira Horto Florestal
Pequeño tren de Cantareira Horto Florestal
Cantareira´s Small Train
Trenino della Cantareira
Pequeño tren de Cantareira Horto Florestal
Cantareira´s Small Train
Trenino della Cantareira