Em pé de guerra decorria o século, XV, entre conquistas,
colonizaçoes e descobrimentos. Que maneira mais elegante de dar nome a tao
bárbara invasao!
Naqueles tempos, o, omnipotente, reino de Portugal desejava
controlar o comércio de Extremo Oriente e levava-o a cabo, como todos os
demais, armados até os dentes. Farto estava Enrique, “O Navegante”, de invadir,
ocupar e anexar terra alheia à coroa lusa. Madeira, Açores e Cabo Verde,
serviram de trampolim às naves portuguesas para cedo atingir a costa brasileira.
Nao foi porque sim. Nao se embarcaram rumo ao desconhecido por nada. Os
mandamais, de entao, safados como os de agora, bem que sabiam a onde enviavam a
seus homens. Se é caso, os da sua espécie e massa iam botar seus maravedíes, em
encomendas solidárias sem ânimo de lucro! Respeitando as distâncias, nao existe
muita diferença, entre, o maléfico conjuro realizado, hoje em dia, com o
consabido silêncio de cordeiros, daqueles conjuros realizados, por outros, com
diferentes coleiras. Localizavam o botim. Organizavam a gente a seu desejo.
Punham nome a uma causa e lançavam a carne, de outros, à aventura, sem lhes
importar um santo rosario sua morte ou ressurreiçao.
A través, das descriçoes achadas em diversos pergaminos dos
séculos, XIII e XIV, as potências daqueles agitados tempos, católicos e
protestantes da, atual, Europa, tinham conhecimento da existência de uma terra
rica em ouro e prata, fértil em espécias e madeiras para o tinte, ao outro lado
do oceano, justo após o chamado, “fim do mundo”, Finisterre. Portugueses,
espanhóis, ingleses, franceses e holandeses, todos tinham o mesmo santo
espírito, afa e propósito: atracar, usurpar, despojar, surrupiar, bifar,
depenar para depois, submeter os territórios invadidos a seus tronos e, assim,
os enriquecer. Quanto mais melhor. E em, essas, estavam os súbditos do reino
luso quando arribaron à Costa Atlántica, daquele, maravilhoso e inigualável
lugar, já, descrito por Vespúcio, como paraíso terrenal, Brasil.
Bordavam suas beiras, imaculadas e brancas, praias banhadas em
águas verdes, azuis e turquesas, coroadas por multidao de palmeiras, que
de vez em quando, distraídas se abraçavam. Era toda a Costa Atlántica
Brasileira, uma autóctona brasa verde cheia de vida, abundância e fulgor. Desde
Rio Grande do Norte, até Rio Grande do Sul, em incansable percurso, a Mae
Natureza, despia com galanteios de séculos em, devota, armonía, a suprema
riqueza e beleza de todos os reinos naturais.
A naçao Tupinambá, era gente de toda indole e condiçao, com suas
respectivas e ancestrais culturas formavam um mosaico de etnias, que ao igual
que *(1) Bécquer e suas escuras andorinhas nao voltarao…
A peculiar fauna, desbordaba o conhecimento do mais sábio. Não só
pelo seu tamanho ou seu espetacular colorido, senão, pela sua variedade,
riqueza, periculosidade e exotismo. Araras, tamanduás, jaguares, iguanas,
anacondas, cocodrilos… Uma vicejante e seductora flora cobria sem pudor a Terra Virgen, deixando entrever, em todo seu esplendor, um luxurioso leque de cores,
essências e cánticos sabiamente orquestados. Entre o céu e a terra, marcavam
seu espaço, inúmera variedade de araceas, pinheiros, bambúes, jacarandas,
siringueiras…Todas, elas, habitadas por papagaios, cacatúas, tucanos e a gama
completa de sábias…
O solo, coberto com manto feito de flores, plantas medicinais e
frutos maduros, perfumavam os caminhos em um interminável mixagem de
indescritíveis fragancias: gloxíneas, marantas, anturiums, orégano, arruda,
jalapa, salsaparrilha…Samambaias fortes e grandes como palmeiras e pequenas e
suaves como avencas. Abacates, maracujás,
ananás e custodiando toda esta inspiraçao Gaugeriana, um cento de musas
paradisíacas, as *(2) “Musas Sapientum”, soltando ao vento seus frutos
dourados, desde seu oscilante e gigantesco coração de banano.
Mas a riqueza mais imediata, aquela, que os portugueses buscavam
para engordar as antropófagas arcas do Reino, estava escondida em uma só
árvore: o *(3) “Caesalpina Echinata”, conhecido pelo nome de pau-brasil, pelo
chamejante cor vermelha que crepitava, ao contato com o água fervendo.
Asseguram os experientes, que as diversas etnias, donas da infinita Costa
Atlántica Brasileira, utilizavam aquela cobiçada madeira da que extraíam
material para suas flechas e tinte para seus tecidos. Do nome deste árvore, pau-brasil,
que oxigenaba e coloria, de norte a sul, a terra de, *(4) Eugênia Álvaro
Moreyra, provem o nome do território que lhe engendrou, dando-lhe a luz e
a savia da vida: Brasil.
Oficialmente, Brasil, foi descoberto por Pedro Alvárez Cabral, o
22 de Abril de 1.500, dantes, outros andaram pelos seus belos paisagens, entre
eles, o portugués, Joao Ramalho e os espanhóis, Vicente Yánez Pinzón e Alonso
Ojeda. E seguiram os passos do reino português, holandeses, ingleses, espanhóis
e franceses, enviando suas tropas ao assalto, espolio e saque. À medida que
obtinham a riqueza desejada embarcavam o majestuoso botim rumo à antiga Europa,
para regozijo, ostentaçao e poderío de todos os reinos da terra e do céu.
Em esse, inacabável, vaivém de levar à Corte Portuguesa, o bifado
e despenado e de seguir, aquela, mandando, sem descanso, colonos ao Brasil, as
costas começaram a ser invadidas, por outro tipo de atracadores. Piratas,
corsários, bucaneros, filibusteros assediavam as terras de, *(5) Bartira, a
guerreira tupi.
Para resguardarse dos ferozes ataques, os colonos, adentravam-se
na selva e de passagem, seguiam despojando-a de seus bens naturais. Quanto mais
metiam-se mais riquezas encontravam. Ali, estava, ali, no coraçao da mae
de todas as maes, a Terra Virgen, o verdadeiro, o único, o sonhado e
idealizado, El Dorado, porque, ali, no interior daquela misteriosa terra e no
mais profundo das suas entranhas, ali, a Mae Terra gestaba, sem mesura,
milhares de formosos úteros platinados, dourados, prateados, plúmbeos, negros,
vermelhos. A cova de Ali Babá ficava pequena. Também os ladrões!
Chovíam os anos, 1.680-90, e a febre do ouro assaltou à
terra do *(6) Cruzeiro do Sul. E vieram os buscadores de ouro de todos os
confins do velho continente e gatunaram o sal das entranhas, limparam e bifarom
todos os filoes e as gemas que puderam e mais…E como os brasileiros nativos
escapavam ao jugo e à escravidao dos portugueses e estes precisavam maos grátis
para seguir saqueando a pátria de,*(7) Joaquín José dá Silva Xavier, “Tiradentes”,
introduziram os escravos africanos. O exterminio da carne pelo poder e a glória
era o Maná diário. Entrementes, as gentes cresciam e multiplicavam-se dando
origem a novas raças, novas crenças, novos costumes, os chamados mamelucos ou
malucos, mulatos, cafuzos…
Sopravam ventos de liberdade, lá, pelo século, XVIII, e Brasil se
independiza de Portugal. Liberta os escravos e chega a liberdade com nome de
república: República dos Estados Unidos do Brasil. Mas, por mais que sopraram
os ventos, nao levaram consigo aos rufiaos…Os latifundistas hipotecaram suas
terras e, com elas, toda sua riqueza. E apoderaram-se de tudo, a Banca e suas
amiguinhas as Multinacionais…
Após, todas aquelas andanças de gentes, invasoes, colonizaçoes,
guerras, guerrilha, conspiraçoes, assaltos e emboscadas. Do roubo a mao armada
e sem consideraçoes de reinos, rainhas, reis, imperadores, governadores,
corsários, piratas, bucaneros, filibusteros e multinacionais. Brasil continua
sendo, até o dia de hoje, como dizem os versos de seu *(8) hino nacional,
“gigante pela sua própria natureza / é belo, é forte, impávido coloso / e teu
futuro espelha essa grandeza”.
Em seus incríveis, 8.514.872, km2., habitam, 188.098.127, almas. O
Amazonas segue, ainda, sendo o pulmao do mundo. Irrepetivel,
ama-de-leite, leva em seus seios o maior volume em água e a maior riqueza
piscícola…Ainda… a fertilidade continua abençoando o incomparável solo
brasileiro. Na sua flora e fauna, ainda hoje, existem espécies por classificar.
O poderío das suas serras, ilhas, bosques, lagos e montanhas. A força da divina
Iguaçu, (Rio Grande), com suas, 276, cataratas, suas queda-d´agua e seus
acantilados, pode mover muitos dos engenhos da velha Europa.
E suas gentes…sobretudo suas gentes…maravilhosa acuarela de raças e
culturas…As brasileiras e os brasileiros portam em seus genes a vontade de luta
e de superaçao. Brasil tem tudo…tudo…tudo…! Só lhes falta uma coisa…Uma só
coisinha… Que não se deixem roubar mais! No dia que assim seja, o maleficio do
conjuro em silêncio de cordeiros, se desvanecerá e Brasil será a poderosa
estrela do Sul. Como dizia, Roberto Carlos…*(9) “É uma brasa, mora!”
Nasce em sonhado pênsil.
Borboleta
Delicada…mimosa…
Enfeita mais que mil rosas.
Ipê…
“Volverán las oscuras golondrinas
En tu balcón sus nidos a colgar,
Y otra vez con el ala a sus cristales
Jugando
llamarán.
Pero aquéllas que el vuelo refrenaban
Tu hermosura y mi dicha contemplar,
Aquellas que aprendieron nuestros nombres…
Esas…¡no volverán!”
“Voltarao as escuras andorinhas
No teu balcao seus ninhos pendurar,
E outra vez com o assa aos seus cristais
Brincando chamarao.
Porem aquelas que o vôo refrenavam
Tua formosura e a minha felicidade contemplar,
Aquelas que aprenderam nossos nomes…
Essas…nao voltarao!”
*(2) Musa Sapientum Paradisiaca
*(3) Caesalpina
*(4) Eugênia Álvaro Moreyra
*(5) Bartira:
*(6) Cruzeiro do
Sul
*(7) Joaquím José da Silva Xavier “Tiradentes”
*(8) Hino nacional do Brasil
*(9) “É uma brasa, mora!”: expressao popular; É bom mesmo!
É um estouro! É...
* Dez Estados ricos
* Dez maravillas naturais
María Evangelina Cobo Zaballa
Castro-Urdiales (Cantabria)
* Watson…No sé quién hace
esto ni el porqué… ¡Ni desde cuando!
Pero
como veo que le gusta tanto…tanto…tanto…mi blog…hasta el punto que sale su www.mybestcv.co.il/TextPage.aspx?id=7978235
He decidido añadir los textos
y de esta manera dar más satisfacción al insatisfecho…
Aviso…yo, no comercializo con
mis artículos…letrillas…letrinas…traducciones… ¿Vale?